caleidoscopicamente existindo.
sábado, fevereiro 2
a matéria viva que em tudo está, que respira, cria, se oxigena. a seiva que alimenta, que leva e traz a essência vida de tudo o que há. a centelha insiste. mesmo quando a matéria dispersa o funcionar, a centelha insiste nessa peleja do ser, como os raios de sol que adentram a janela pela manhã. é a força inspiradora e motivadora. é o próprio movimento pessoalmente: centelha e matéria em uníssono na leitura desse lidar, a pura partitura divina. quando enfraquece a fagulha, a matéria é com ela implacável, a força que nos move. é perfeita a geometria divina. é um sofrer embalado pelo aprendizado e é uma alegria objetivada pelo servir. a missão de seguir o arco-íris onde o cinza e as cinzas sobre nosso ombro cái. o saber bailar para desviar e reinventar a valsa - em busca da floresta encantada sem morder o fruto proibido. me sinto guerreira com uma missão. o insistir do semar, vem plantar tudo de novo. me encontro no bosque que cultivei, frente a frente com as mais fortes energias. elas comigo insistem e eu com elas aconteço. às vezes esmoreço ante minha própria escolha: deslizo sobre o escorregador do condicionamento, parece inerente, mas é sim uma escolha. tenho que me encontrar no exato momento, sem perder nenhum agora, pois senão o que me fica? preciso me presentear a cada instante e assim permanecer, agradecida e presente. tem uma sereia cantando lá no passado do fundo de uma água, vez que lá passei e fui quedando. mas da queda é hora de me erguer em busca da inocência perdida. as plantas comigo estão conversando, preciso me apurar, dizem elas, para meu poder corresponder ao diálogo. corresponder ao chamado da nova terra, e aos antigos povos meus. há uma comunicação no toque do tambor, no respirar, no sonho, no olhar compartilhado, sabe quando encontra? é para acontecer a fagulha divina em cada encontro. pois são almas que conversam, o tempo inteiro, é o fogo divino que em tudo habita, que convive e precisa se reconhecer. é no fazer arte que há um portal de conexão entre as dimensões, entre os intras, os sobres e o extraterrrestres. é mais do que bíblico que a arte salvará o mundo, e hoje, mais do que nunca, ela salva a mim. encontro no inexprimível da arte o que busco em mim, me reconheço nesse reflexo. a arte, a música e o olhar são capazes de comunicar o indizível e nessa lida desconhecida nos resgatamos na pura compreensão. sou um portal de ativação, entra por mim - é o momento da travessia. vem plantar tudo de novo.
livia bluebird, 2:00 AM
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quinta-feira, dezembro 20
livia bluebird, 7:18 PM
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livia bluebird, 12:57 PM
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quarta-feira, dezembro 12
livia bluebird, 1:20 PM
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segunda-feira, dezembro 10
livia bluebird, 1:42 PM
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quinta-feira, novembro 29
com deus no coração, vai dar tudo certo..
mudanças são profundamente cravadas nas paredes orgânicas do meu coração. e mais uma vez coração.. coração coração..
essas palavras vêm de dentro, do sumo de minha alma, que parece vibrar em sua fonte no coração. e essa energia se propaga em ondas vibrantes por todo o corpo.. é o sistema que circula e circula num infinito espiral. há a fonte, o centro e o todo mais... que é parte da mesma parte, é uma onda só, vibrando e vibrando e reverberando... uma coisa só, o todo.
o todo poder, a força.
na medida que é o gozo dessa vida em puro êxtase divino, é também a dor da condição humana, condição terra. é dolorosa a experiência terra.. mas ainda é parte da mesma parte divina. pois tudo acontece em perfeita harmonia, na medida ideal do aprendizado. e do voar, como cair e revoar... revoar de borboletas, dos beija-flores. e o abir das flores toda manhã pelo semear... é algo que só o coração insiste. com deus no coração, vai dar tudo certo..
livia bluebird, 3:40 PM
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terça-feira, setembro 25
e penso pondo cuidado
nos detalhes, os olhos atentos nas cores, nas formas e o sorriso atento
na vida. ao simples respirar de vida, o rosto enche de alegria.]
outro
dia escutei uma plantinha conversando com o vento. achei fantástico.
dizia ela toda singela, no auge de seus poucos dias, que no estudo da
vida, nessa que o sujeito se lança com sede nos olhos, o termo é
coloquial.
fiz silêncio.
era deus.
imaginei os maiores mestres banguelos. os livros, conversas triviais de sábios. oh, sim!, os meninos nos girassóis...
fui
perto da plantinha - o nome dela, perdão, não foi a pergunta que me
surgiu. nem a ela. duas qualqueres, livres. duas simplesmente. e o sol
sorria em cima do encontro, olhei pro braço e senti. e olhei também pro
céu e li algumas nuvens. os movimentos lentos de tanto o vento prosear
purali mais embaixo. mediante a porção de vida dentro do meu sorriso,
então percebi que já estava há tempos em troca com a planta.
há um momento. e há infinitos. há infinitos e há um momento.
falei meio assim que é pra segurar os olhos. os olhos de vocês.
eu me chamo Lívia e sou aquela que gritou no final da música.
então
você se aproxima de uma planta, a cada novo passo, vá conhecendo a
fisionomia de sua nova amiga, deixa que ela te mude completamente,
entrega teu saber, chega bem pertinho e diz olá. não espere uma mudança
assim. mudança assim se diz quando o verde de repente é vermelho. ou
quando um elefante alado canta leve no fio do poste. portanto, não
espere o sapo de paletó. apenas saiba escutar a planta. dica: aprume os
ouvidos, ela fala muito baixo. mas é grande. é infinito e a gente não
volta. e mais uma vez o relógio te chama: ei!. e você volta para a sua
sala, reconhece as paredes, sente os pés: hoje é quarta-feira e as
janelas estão abertas corriqueiramente - propício ao ir. a mudança vem
sem dizer uma só palavra, essa que eu falo é dessas que é feito uma maçã
que amanhece mais saborosa. uma flor mais viva com o passar pingoso dos
segundos. e você vai se enchendo de sabedoria, o tal estudo da vida, as
lições de pé no barro. e o olhar reconhece o todo, o coração abraça o
universo. e você aninha as sementes na terra, faz uma oração breve que é
pra não enche-las demais. elas, animadíssimas.
você todo amor.
você a própria planta que vai nascer.
então compreenda. seja. se olhe no espelho.
o céu que por ventura se fizer dentro de você, é a resposta - no plural - que precisará na tua lida.
e que por sinal inventou uma dança meio maluca - eu, que um dia fiz amizade com a loucura e a vida ficou mais colorida.
sabe como é, a gente sonha e acorda em outro universo. prazer.
é uma honra rebentar neste domingo bem aqui neste local.
abraços.
livia bluebird, 5:48 PM
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sexta-feira, setembro 14
é um voar de borboletas e pássaros e peixes a bailar dentro e fora de mim quando o silêncio agudo preenche. não tem palavra, não tem diálogo, não tem. tem outra coisa que abrange todas as coisas. qual é mesmo seu nome.. inexprimível é o seu nome. algo que no mundo real das coisas concretas e objetivas, no mundo dos olhos que desejam e não dos olhos que recebem, nesse mundo, nesse exato mundo que não é o meu, o inexprimível é invisível e insignificante, porque não assume forma e por isso não assume um valor. exato! esse mundo que bebe valor e come valor e sonha valor.. mas eles não sonham! eles esqueceram tudo em nome do valor. quanto vale, quanto quanto quanto.. e se pensares por demais afundo, enlouquecerás, capaz. capaz absurdamente de enlouqueceres, porque é da natureza do pensamento, a loucura. é da natureza da mente, o caos. bem como o inexprimível é da natureza do coração. no meu mundo, que também é um mundo real, estou entre a loucura da incompatibilidade e o abraço com o inexprimível. o fato de separar assim os mundos, não me coloca em terreno diferente, em plano superior ou inferior, o que ocorre é que no mundo tal como ele é, quem saberá dele além da própria visão do mundo? dentro de um sonho, tudo é sonho, menos o sonhador, como diz rajneesh. antes de tudo, existe uma essência a qual estamos ligados. antes do valor, antes das religiões, antes do mundo tal como ele é. não antes que a natureza, a essência nos abrange como igual. o inexprimível a tudo vem abraçar. se assim conceberes. amém.
livia bluebird, 5:13 PM
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quinta-feira, abril 26
hoje, acordamos em um brasil diferente.
80% da mata atlântica pode ser comida. 70% do cerrado não importa a ninguém. e a amazônia, 20% de sua área tem a liberdade de não mais existir.
isso pra mim é tão carniceiro quanto um genocídio.
estou de luto.
será que ninguém mais se compadece?
meu deus, onde foram parar os valores que nos ensinaram? e porque ainda precisamos desses políticos que só pensam nos próprios lucros, são doentes, estão todos doentes de ganância.
VETA DILMA!!!!!!
livia bluebird, 2:05 PM
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quarta-feira, abril 25
para o poeta, a poesia não se cala ao ponto final.
e quando cheira a flor e o aroma de natureza lhe completa uma lacuna na alma, é de poesia que o poeta vive.
ao por uma vírgula, pausa lenta da respiração,
é o momento certeiro da imensa amplidão do ser poema sua vida inteira.
sem rima, com rima, se pinga seus is e suas chuvas, sinto molhadas as poesias do poeta que escorregam ante interpretações racionais.
que faz os lados de uma moeda bailarem em plena harmonia da precisão.
e é precisa também a confusão das palavras, que é, antes, um desbailar dos sentimentos.
é desordem e nasce desse caos a linda flor,
aquela mesma que lhe preenche a lacuna do que for.
mas se há um buraco na alma é esse o túnel que o poeta percorre ao profundo,
ele se joga.
e se de poesia e poesia é que se preenche uma falta na alma, é de uma alma inteira que há a liberdade de ser poema.
só o poeta concebe o buraco e consegue chegar ao abismo da poesia e lhe perceber completo de profundezas.
talvez ele possa voar, talvez esteja a sonhar, talvez invente mais uma rima e essa seja , quiçá, a sua sina. mas toda poesia é uma alçar vôo no abismo de si.
e todo poeta reconhece num espaço vazio uma totalidade de possibilidades.
isso se chama vida, a contínua lida de quem não esmorece ante o passo final.
o ponto é corrente e a poesia, a eterna dama conjugando nosso plural.
livia bluebird, 6:06 PM
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quarta-feira, dezembro 7
que seja feita, pois, a vontade do céu e a vontade do centro. que caia sobre nossas cabeças as águas sagradas dessas nuvens que trazem ao passo que levam. que lavam o caminho e acalmam a poeira. que abrigam uma melhor respiração. pra mim, para as plantas e até para a praça em seu concreto. aprendi, nessas pedras, a dança de meus pés. como é complexa essa máquina orgânica que carregamos, como é cheia de perfeição em seu funcionamento e até em suas desfunções - quando sabemos interpretá-las em autoconhecimento. a sabedoria da terra, nos ensina a química infalível de nosso dia a dia: toda ação produz uma reação. qualquer manifestação física ou metafísica repercurte na nossa realidade material e espiritual. seja um pensamento, uma oração, um sentimento, seja uma mágoa, uma lembrança. para entrar em sintonia com esse fluxo cósmico da criação, precisamos viver no presente momento. sem rebocar sentimentos do passado para nossa atual vivência, devemos perdoar a todos, inclusive nós mesmos. o sentimento de culpa nos impede de seguir adiante, pois ele é pesado de carregar, ao invés da culpa, nos responsabilizemos, tomemos as devidas atitudes que no fundo do coração sabemos exatamente quais são. assim, faremos o que tiver de ser feito, esse sentimento de missão cumprida nos será a liberdade que precisamos para seguir adiante. e seguiremos, pois o fluxo nos chama, o cosmos é como uma rede onde estamos todos conectados sob uma força benévola da criação, a qual todos fazemos parte, portanto todos somos o próprio cosmos em nossa composição e experiência. não há carência ainda de preocupar com o futuro, visto que ele depende exclusivamente de nossas escolhas no agora. por isso, o presente é nosso universo. o presente é de fato um presente, pois é ele o cenário perfeito para por em prática tudo o que no fundo intencionamos. quando visamos o bem maior de todos os seres do planeta, convocamos uma força magnética não só desse planeta, desse sistema solar, mas como de todo o multiverso com todas suas dimensões. convocamos a força cósmica da providência divina. alguns chamam de milagre. é o milagre da vida que todos carregamos, mas que apenas parte está consciente. a grande maioria se sente perdida e desorientada neste palco terreno. então, ao estarem perdidos, que parem, simplesmente parem e sintam o que a vida tem a oferecer. escutem o que estão lhe dizendo as pessoas, escutem mesmo, sem julgamentos na cabeça, simplesmente deixem as palavras entrar e reflita sobre elas posteriormente, sem cobranças. observe o que a terra está te mostrando, os caminhos que estão se abrindo, se o que parece mais insano é o que te faz pulsar, siga-o e descubra que loucura, utopia e impossível são coisas que na realidade não existem na vida prática.
que desça sobre nós as águas e as vontades do céu. que retumbe, sim, a força deste corpo galáctico que nos dá o barro e o pulso. a nós, nos cabe a adaptação, seres mutantes, portadores hoje do novo paradigma genético e espiritual. que caia sobre nós a verdade anunciada e a antiga natureza alquímica da criação.
ambram as cortinas, rasguem o véu. acordemos da ilusão de tempo, hoje é uma vida inteira; da ilusão de espaço, não há seraração entre o de fora e o de dentro, quando tudo é parte da grande rede cósmica que nos abraça. acordemos da ilusão de sermos vítimas do destino, tudo está conectado, assim como nossas palavras e atitudes estão diretamente proporcionais no campo energético e físico que é um só.
construímos nossa realidade com os elementos disponíveis através deste corpo, deste espírito, deste pulso. meu instrumento nesse mundo é meu sorriso, sou uma guerreira espiritual em busca da fonte e para a fonte. meu livro de conhecimentos é essa grande enciclopédia viva que chamamos de planeta terra, pacha mama, gaia, eu, você.
livia bluebird, 1:02 AM
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domingo, agosto 21
estou passeando na minha cidade natal, onde cresci e, percebo mais claramente agora, onde conquistei muitos amigos. poderia falar do mar, que sempre me recebe com graça, ou mesmo da lua que medito em sua plena energia. da brisa que acarinha, do sol que com força nos abençoa. ou falar do quanto sinto tão humanizadas as loucas ruas de fortaleza e como tudo aqui para mim transpira amizade e carinho.
mas a amizade que hoje quero falar é essa do abraçar pessoas queridas e se entregar nesse encontro, onde tudo é sinceridade. sabe, o tempo cria um certo espaço, aparentemente vazio, mas profundamente preenchido de oportunidades. esse espaço cria uma receptividade tão forte quanto atração magnética, tão mágica e real quanto a lei natural da vida, essa mesma de atrair e ser atraída. de repente, vem um pensamento na cabeça, certa lembrança que um lugar remete e não mais que de repente, encontro pessoas que permeavam tais lembranças. encontros no meio da rua me ocorreram muitas vezes durante esse mês. meu nome sendo chamado ao fundo e como um vento se aproximando de mim. ou no dia em que fui na pedra do pôr do sol na beira do mar e do meu lado estava um grande amigo de algum tempo, ambos com fisionomia diferente, só nos reconhecemos depois de um tempo, quando nos preocupamos em olhar para o lado, ai só surpresa boa. também houve quando outra noite encontrei simultaneamente três amigos vindos cada um de uma ponta, como se eu estivesse no centro de um triângulo. quantos abraços! quantos sorrisos! quanto movimento! quantas palavras ouvidas e ditas. quantos silêncios compartilhados, momentos repletos de luz.
amigos do faz tempo e das boas recordações, amigos recentes, na paixão do encontro, amigos parentes, um amigo que vive na rua e me tem por "irmazinha" e eu o tenho por "irmaozinho", é o nosso tratamento. amigos dos amigos que ficaram como amigos, a família só vai crescendo. então, como não juntar no círculo, os amigos que conheci em outras cidades e estados, amigos que vieram de outros países, como são diferentes em costumes e tão iguais no sentimento.. e o quanto de saudade eu já carrego deles por estar somente 30 dias na distância. quanto eu sou rica, só eu sei! onde quer que eu esteja, aonde quer que eu vá, eu sei que vou fazendo amizades, enquanto assim for, terei o mundo como casa minha, pois realmente sei e sinto o poder de um sorriso, da boa conversa, da natureza dos encontros, pois na hora do abraço o mundo todo é um só.
estou aprendendo cada vez mais com este belo e poderoso sentimento amizade.
livia bluebird, 2:04 PM
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