da textura quando decide falar:
nasceu!, de idéias circulares e palavras inexatas. de olhar constante, dizem. é meu livro e é de quem quiser, porque querendo no formato internet, eu mando, querendo no formato de fazer carinho e sentir o cheiro, eu recebo encomendas e envio no endereço solicitado (eu residindo em fortaleza, prefiro fazer o escambo pessoalmente aos da terrinha). ele é impresso em papel reciclato, vem envolvido em um tecidinho e vem dentro de uma capa de papelão reciclado, pintado por mim (podendo essa pintura variar conforme o minuto) e amarrado com pedaço de barbante. tem 50 páginas de poesias e textos corridos. não conta a história de ninguém de forma a conhecer-lhe a cor do cabelo, mas conta a história, por exemplo, do vento que rebuliça gostoso nossos olhares.
contato para encomendas ou coisas qualqueres: liviaseila@gmail.com
obrigada pela atenção!
"pois sim, propenso-me aos desconcertos a fim de multiplicar o chamado vida,"
"(...)dando-se esses feitos interligados e dando-se também a compreensão numa manhã dessas tomada pelo clima-manhã de um dia, a voz fez-se quase, os olhos miraram n’algos não ditos pela falta da palavra que os acomodassem: eles mesmos passaram a dizer aquilo que adiante e aquilo que neles propriamente. chego na desconfiança gostosa de que eles falando por ânimo próprio é visão pra mais do que a voz quando diz aos olhos que olhem isso isso e aquilo também. o olhos pelos olhos é feito o foco dos detalhes, é ver o plural num formato a respeitar. a gente então se plurifica de vida e eu apreciei por isso a simplicidade – quando um caminho de formigas me diz mais que um caminho de formigas,
(...)"
livia pinto em "Uma Prosa em Silêncio", 2008.
plimplim!, fez a minha cuca - mas era comercial.
andei por mares de cerimônia quase nenhuma, as pegadas ficaram, as pegadas se foram, os pássaros da beira em festa de peixe. a família em pedaços de mar entre diálogos de boas lembranças, planos doutros e das coisas que a tia diz e o pai comenta. a mãe pensada do banho já dentro da noite. é que, repare, pra quem tá dentro do mar o dia é dia inteiro. mas vem sempre uma onda que cuida do aviso da lua. e a lua ficada avisada, a noite então anoitece. é que andei por mares, e andar por mares é feito aprender a nadar na piscina dos grandes. a vida fica até mais funcionando. depois do tanto mar na cabeça do sujeito é preciso tempo do voltar, mesmo a volta já acontecida. e nesse tempo entre o chegado e o chegando, eu pensei em vocês. foi, considerando esses espaços existidos entre mim e este pedaço amarelo da interneta - como eu imagino que meu avô falaria internet se fosse ele agora - me pego pensando em vocês. vocês quem?, alguém pode perguntar. os vocês pessoas leitoras. todas elas. todos eles, os vocês. e bom o falar docês juntamente com o falar do mar, isso é significando o sentimento bom que cativo. não vou agradecer pelas visitas e comentários, vou continuar gostando de vocês aqui por aqui de um jeitinho bem meu jeito mar.
