lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

segunda-feira, fevereiro 27

livia bluebird, 12:44 AM | 10 comments

sábado, fevereiro 25

tenho andado errante, portanto.. aí vocês me dizem: quem não?, quem não, afinal? não sei de quem não, apenas me deixem assim, com meu portanto silenciado. filme, trilha sonora, tudo parece repetido se o filme não fosse outro, as músicas, o ano e as circunstâncias. nostalgia tem me doído e falo sério. um dia ainda vou conseguir me fazer entender quanto a isso. é que tudo passa, mas a música fica. e falo dos meus vinte e um anos que, infelizmente, vão estar se completando dia desses, portanto.. e quem me esperava num recreio, perdoe a amargura das palavras.
livia bluebird, 9:23 PM | 7 comments

quinta-feira, fevereiro 16

o homem entre o sol e um olhar é mais homem. o homem fora da vaidade, das convenções, o homem fora das poses e das luzes é mais homem. o homem dentro do acaso, dentro da simplicidade, da vontade, dos impulsos, dentro da sombra é muito mais homem. o homem de olhos fechados vai mais longe e o homem sendo apenas um homem pode ser mais que um simples homem. minha casa é, certamente, um contraluz e essa parece ser a analogia perfeita. e para que servem as metáforas? sei que quem me vê de longe muito diz, mas nada sabe. e quem do meu lado anda segue comigo um caminho de muita luz. é tudo uma questão de lados: o lado que enxergam e o lado da verdade. e às metáforas, a graça desse viver.
livia bluebird, 2:34 PM | 10 comments

sexta-feira, fevereiro 10

- você fala demais.
- pra compensar o teu silêncio.
- o silêncio não precisa ser compensado.
- nem precisa existir o tempo inteiro.
- não faço de propósito.
- nem eu.
- faz pra compensar o silêncio, é um propósito.
- é
- então faz.
- o que?
- de propósito.
- faço.
- então por que disse que não?
- tava mentindo.
- por que?
- sou mentirosa.
- por que?
- com esse silêncio todo tenho que inventar algo de vez em quando.
- mas quando mentiu não havia silêncio.
- claro, eu estava mentindo.
- besta.
- é você.
- ainda bem que mente.
livia bluebird, 3:44 PM | 6 comments

sexta-feira, fevereiro 3

o infinito é numérico e eu o quero o tempo inteiro, como se na palma de minha mão e de minha mão, os fios invisíveis, os caminhos de um dedo a outro, morro tarde, é o que diz. enquanto isso sigo o fio que me cabe, o fio intangível da meada.
livia bluebird, 7:23 PM | 5 comments

quinta-feira, fevereiro 2

eu ia falar de coisas não muito boas que a gente acaba descobrindo inevitavelmente e sem querer, mas eu quero de coração é que as coisas não muito boas e tudo que vier junto a elas se danem. então, depois da limpeza me sobra muitas coisas boas, mas não entendo como uma merdinha consegue destruir quase todo aquele ritmo que venho tentando manter nas últimas semanas, pois é, não entendo, mas como boa filha vou obedecer a mamãe e pensar nas coisas boas, como as minhas conversas às segundas naquela penumbra banhada a insensos. e eu que nem gosto muito de insensos me acostumei bem. também tem meu programa favorito disparado às sextas que é ir ao bar de esquina com a mamãe, pena que ela não tem o ritmo de ir toda semana. ah é, e o primeiro dia de aula que foi legal, o segundo eu não sei porque acabei de acordar. mas legal mesmo foi andar pelas ruas escuras do centro às nove da noite e ver surgir um teatro roxo e descobrir que ele basta. digo, o teatro é o ponto, a rua acaba porque depois de um teatro roxo e um mosaico na parede não há nada mais grandioso que possa existir, então a rua silenciosamente se encerra por alí. sem falar na boa peça que se seguia. eu vou, você vai? você vai? e eu fui. nós fomos, eu, a moça batuta e uma latinha de coca-cola ardidamente gelada. quando já tinha dado por fim meu dia, uma conversa me toma e uns dizeres bonitos, nada de polianismo e aquele otimismo vazio, mas algo certo, fazendo coerência ao meu lento esforço. e eu completei: é, eu tô tentando, eu tô tentando. tô legal, nice is good.
livia bluebird, 3:14 PM | 1 comments