lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

sábado, dezembro 31

eu poderia fazer um post de final de ano, falar de tudo que foi bom e de tudo que foi ruim. poderia falar que encontrei no meu caderno do primeiro semestre desse ano a frase: "um dos melhores anos até então" - por livia e rafael. e eu poderia dizer também que eu nem concordo mais com isso, e que se não tivesse a palavra até na frase, eu riscaria até a tinta rasgar o papel. ou que meu humilde plano para o fim do ano deu errado e que até a pizza que eu pensei em pedir pra tomar com coca-cola só para tapar a vontade de chorar que surgiria quando os fogos se tornassem mais frequentes e quando eu recebesse aquela ligação de fim de ano, mas nem isso, porque a pizzaria estava fechada. mas de tudo que eu poderia dizer, eu só vou falar que beach boys salva a vida de qualquer pessoa em qualquer situação. que meu doismileseis seja recheado de beach boys e que todos os dias ruins sejam apedrejados e esquartejados em praça pública. êê!. pronto, feliz beach boys pra todos nós!, pam pam pam.


e quanto os fogos estavam papocando desesperadamente ao mesmo tempo, quando eu já sabia que era o outro dia, alguém me diz: feliz isso pra ti. eu achei tão lindo, tão singelo, eu sou boba.
livia bluebird, 7:13 PM | 3 comments

sábado, dezembro 24

aos que ainda lêem essa joça, um feliz natal! que papai noel nos traga estômago para aguentar com tranquilidade o ano que vem e que o mesmo seja bem mais calmo e simples do que esse que está terminando. mamãe filha única e orfã de pai e mãe e papai inimizado com sua família, somos apenas cinco. nunca tivemos grandes festas e nem aqueles divertidos amigos secretos em família, mas enquanto houver coca-cola com embalagens natalinas e uma árvore piscando lá na sala e os presentes e abraços do papai e da mamãe pra mim tá bom demais. beijos e paz!
livia bluebird, 11:39 AM | 2 comments

sexta-feira, dezembro 23

vão imediatamente olhar a lua!
livia bluebird, 12:16 AM | 0 comments

terça-feira, dezembro 20

tenho catorze números na minha agenda telefônica contando com o do papai e o da mamãe. não digo catorze pessoas porque não são, isso porque algumas têm mais de um telefone. no final disso tudo eu tenho catorze números na minha agenda telefônica e não existe pior coisa do que perceber que uma das minhas onze ou estourando doze pessoas tem motivos para não estar mais alí. ou melhor, não tem mais motivos. acredite, eu deleto doendo.
livia bluebird, 11:34 AM | 0 comments

segunda-feira, dezembro 19

- a gente correu bem pouquinho e deu pra cansar tanto..
- foi mesmo..
- quanto sedentarismo!
- eu acho que a gente precisa dormir mais pra ficar mais descançado, a gente tá cansando muito rápido.


eu me entendo com os meus :o)
livia bluebird, 10:46 PM | 0 comments

sexta-feira, dezembro 16

- na próxima esquina agora.
manhã de um dia nublado e quente, o clima abafado de sua cidade. caminhava por aquele bairro porque sentia que por alí as coisas costumavam acontecer. o que quer que fosse, por qualquer motivo, as coisas apenas aconteciam, diferente de suas redondezas. casas coloridas, cachorros na calçada, pessoas com sacolas e aquela casa parece muito com a do sonho do outro dia, mas bobagem, era apenas uma casa, era apenas um sonho. crianças brincando de elástico, meu deus, quanto tempo não via aquilo? estava maravilhada e só pensava que o próximo passo seria o momento ideal para algo acontecer e mudar sua vida. pensava que alguém deveria surgir na sua frente e dizer logo que a ama desde de muito tempo, na verdade alguém deveria dizer que nasceu amando, que os sapatinhos velhos são um charme e não poderia existir saia mais linda do que a sua. e o jeito de prender o cabelo? case-se comigo, vamos conversar durante este quarteirão, era tudo o que queria. tão carente, lembrou do seu gatinho que na maioria das vezes era seu namorado ciumento. ah, meu amor, eu nunca trairia você, sabe que te amo, não precisa disso. quando alguém grita perguntando se já varreu todo o quintal, se dá conta de como é sozinha, se dá conta que até o gato que cuida é da patroa. se dá conta que tudo depende de uma pessoa qualquer que lhe tome a frente e diga coisas adoráveis. mas quando isso vai acontecer afinal? tão longe de saber que os modernos se envergonham de depender do outro. tão longe de saber que carência é algo que deveria ser silenciada, mas sua ignorância a faz sonhar. e pra falar a verdade, é tudo que lhe resta além de uma vassoura e o pó do chão. continua andando, vários passos e nada muda, vários passos e a mesma esperança de antes, nem um pouquinho a menos, talvez um pouquinho a mais. uma loja pra turista, só pode, esses preços deste tamanho só pode ser coisa pra turista. o quarteirão estava acabando e o coração acelerando: e se ele estiver vindo na transversal? vou me esbarrar nessa esquina agora. e era tão forte e tão certa a sua vontade que não conseguiu apenas pensar:
- na próxima esquina agora.
livia bluebird, 2:10 AM | 0 comments