lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

sexta-feira, dezembro 24

da janela vejo um cruzeiro e uma igrejinha singela e aconchegante como coração de mãe. carregada de tempo e de histórias em sua arquitetura colonial. os badalos dos seus sinos me levam para outro lugar no tempo.
hoje comemora-se o nascimento do menino jesus, que logo se tornaria o cristo, após receber o espírito santo em seu corpo e alma. sem dúvidas, uma grande alma. exemplo para mim e para muitos. cada um com o seu cristo, sua vivência da palavra, seus rituais. mas todos impulsionados por essa força que chamamos de amor. em sua essência, o amor universal, esse que nos liberta e que ao mesmo tempo emana para outros mil. essa força que nos faz recomeçar com humildade de aprendiz, e ainda desconfiar sabiamente de que assim se é mais feliz. ouvindo os mais velhos, por sua longa viagem neste chão, ouvindo os mais novos por sua pureza no viajar. e ouvindo a mim, viajante este que contempla com admiração e respeito este mundo de meu deus. neste natal, sentido encontro eu cá na natureza, no abraço com a cachoeira, no pulo na piscina de pedras construido por ação da vida, por ação da terra marchar, do tempo passar, assim como passa para meu corpo, para a matéria que se transforma o tempo inteiro.
e sentindo as infindas modificações, neste natal, repleto-me com o tão grandioso feito que é vir a este mundo, a benção que é poder abrir meus olhos e refletir o que em mim. e a profunda responsabilidade que há nisso.
que o natal acenda em cada um de nós, a esperança e a força. pois todo nascimento é uma revolução que brota e que reverbera universo afora.
livia bluebird, 6:23 PM | 1 comments