lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

quinta-feira, setembro 15

a conversa sobre dados estava interesante. me lembrei da poesia, você sabe. uma rodinha, jogue os dados. até o fim, vá. mas o olhar fixou na parede e me afoguei nos meu diálogos, não são mais interessantes, mas são mais familiares. são meus, sou eu. um tchau me trouxe de volta à superfície. tchau, jogue os dados, até o fim, você guiará sua vida direto para o riso perfeito. daí a inês já era morta, a parede foi embora e o olhar ficou perdido.
livia bluebird, 8:24 AM | 6 comments

quarta-feira, setembro 14

hoje não dá, hoje não dá mesmo. sem porquês, por favor. hoje eu vou colocar minha cabeça no lugar: travesseiro. tô doente, fodeu, morri, qualquer coisa, mas saiba, hoje não é dia. não-é-dia, veja bem. amanhã sim, nem sei o que vai acontecer amanhã, mas amanhã sim. amanhã sempre é dia, incrível. hoje nem pensar, mas amanhã eu faço as coisas da vida. fora de casa, todas as pessoas que cruzaram meu caminho eu desejei que fossem se foder gostosinho. nem foram, continuaram lá, passando por mim, esfregando suas existências na minha cara. logo hoje que eu só queria ter acordado passarinho. eu passarinho. seria lindo, mas foi feio.
livia bluebird, 1:17 PM | 2 comments

domingo, setembro 4

- decida-se.
palavra feito lâmina e eu não sei porque. verbo que fere sem deixar vermelho, ah!, e eu já nem sinto o pulsar do lado oposto. é hora de se decidir, não vejo opções, pois, multidões que gritam - é hora, é hora. veja você, lâmina sem sangue, ferida branca, corpo sem coração. decida-se para que lado pular, é só isso que querem. sempre.
livia bluebird, 6:04 PM | 2 comments
eu não sei fazer templates, mas tudo bem, isso nunca foi um empecilho. e eu não vou falar das mudanças enquanto elas estão aqui gritando e rasgando tudo em mim, cansei por todas as vezes que tentei me explicar mesmo sem entender e por todas as outras vezes que expliquei e me contradisse no minuto seguinte. odeio, mas necessito. pensa por mim, pensa até cansar, até ficar louco e se perder na loucura cor de cinza, aquele céu de estanho, o outono eterno. pensa por mim agora que eu me ocupo com diálogos com pessoas que nem existem, fica louco por mim porque duas vezes louca é difícil. e quando enfim aquela quase esquizofrenia dar sinal de vida, me chama que eu te empresto os meus diálogos, as minhas pessoas. elas sempre querem conversar e quando eu as mando dormir, é tudo o que elas fazem e quando impaciente com a indiferença da parede, elas surgem e me tiram daqui, me levam às longas conversas que eu não sei o caminho. eu sei que é tudo eu, as perguntas, as respostas, as dúvidas, as pessoas, as cores (ainda que sempre cinza), mas dividir responsabilidades sempre foi o meu forte e enquanto houver pessoas há alguma coisa e isso eu sei que é melhor que coisa alguma e lugar algum, algum lugar, alhures, algures, quem me levará? então, as minhas pessoas dedico todo o meu leve murmúrio dos últimos dias em busca de alguma resposta ou de alguém que queira responder mesmo que nada saiba, porque essas ainda são as melhores.
livia bluebird, 4:02 PM | 0 comments