lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

sexta-feira, março 17

não amamos as pessoas, amamos entidades. não amamos aquela pessoa, amamos o que ela nos representa. e, casualmente, o que ela nos representa é justo aquilo que buscamos: o interesse. amor enquanto admiração, o culto ao intocável, inatingível, agora é questão de ego: o querer. onde se esconde toda aquela coisa espiritual que acreditamos enquanto cegos (lê-se: apaixonados)? tudo faz parte de uma coerência lógica e a carência psicológica é a nossa prisão. e como se livrar de uma prisão senão desfrutando da mesma? bom, de tudo só ficou uma coisa: nada melhor que a racionalidade pra fazer sentir-me melhor e como estou atravessando uma sensação ímpar decidi acomodar-me nesta cadeira e aproveitar cada parte única que ela tem a me oferecer. pra isso eu preciso faltar a aula e é tudo que estou fazendo nesse exato momento de uma manhã de sexta-feira. se bem que às sextas raramente é dia de ir pra aula. fico por aqui pois não pretendo mudar o foco do post. o foco.. bem, o foco você sabe..
livia bluebird, 11:41 AM | 10 comments

segunda-feira, março 13

meu romantismo ainda vai me levar ao caos do desencontro pessoal. não falo do termo banalizado e toda aquela aura piegas envolta de um romântico, falo da fidelidade ao que se sente, do amor às causas talvez perdidas - e isso me lembra alguém. falo da verdade individual que no momento encontra-se esquecida debaixo do tapete, do grande tapete que nos esconde a espontaneidade. aqueles nossos atos reprimidos já sem identidades. quem prega o respeito te falta com o mesmo, quem fala nos ideais na verdade só quer assistir o seu programa predileto. não falo de manifestos políticos e grandes engajações sociais, falo da luta pessoal, da busca por nós mesmos, pelo redescobrimeto de nossas vontades, pela voz de nossos atos. os nossos. falo da unimultiplicidade já sabiamente cantada. acreditar em algo diariamente negado por aqueles mesmos que depositei confiança e uma esperança utópica é, por baixo, muito dolorido. portanto, acreditar nas pessoas ainda vai me levar ao caos do desencontro pessoal, se não já, se não já. então eu pego minhas palavras de guerra para mostrar que minha ausência de euforia não me faz fria, meu sangue na veia tem mais vida que muitos que muito falam. minha apatia é reflexo, é tristeza. e eu só consigo achar isso tudo muito triste, isso que cominamos chamar de humanidade.
livia bluebird, 8:38 PM | 8 comments

domingo, março 5

mas que diabos! em qual parte do passado eu não estive? qual o segredo revelado às pessoas felizes? há idéias que não digeri, pago o preço. o homem assim sorrindo é a união dessas idéias. o outro é quase igual, não sendo o caos das mesmas. há coisas, há pessoas, músicas e lembranças que é preciso mestria para encarar e eu não sei fazer. como abrir as gavetas e por a vida em ordem: um dia se faz necessário e não existe aquele bendito mais tarde. você e seu reflexo. e não é ele quem vai mentir.

encare-se.
sem mestria, sem nada. apenas fique de olhos abertos para não se perder por aí. não se negue dia após dia. você precisa de auto-afirmação que o ego chora e faz doer.

movimente-se.
quem sabe as idéias erradas tomem a forma certa dessa vez: entregue ao acaso, que por acaso o meu caso se deu.

eu, você.. o diálogo dos reflexos, real e imaginário. quem diz a verdade não sabe o que diz, quem mente também não, simplesmente não enxergam na introspectiva confusão, apenas se imitam na desesperada falta da esponteneidade. há idéias, certas ou erradas e necessitam de uma verdade, ainda que mentirosa. acredite, escute o que digo: no espelho sempre vai ter alguém em quem se apoiar.
livia bluebird, 2:40 AM | 7 comments

quarta-feira, março 1

zach braff, outro longa, por favor.
livia bluebird, 2:52 AM | 3 comments