lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

sábado, julho 11

achou que o azul caia-lhe tão bem, vestiu-se de céu. achou que a terceira pessoa fosse bem mais além, mas tudo girava dentro de si. chorou no violão notas para ninguém, mas ouviu dizer que marte se aproximava. resolveu fazer sorriso de amizade da mesma forma que a gente resolve nascer - um acordo universal aparentemente involuntário. carimbou nas nuvens a promessa de dar o seu melhor, pensava nisso enquanto chegava atrasada para o refrão. "oi, sou eu", dizia a folha da centenária castanhola, fotossinteticamente segura de si. na sombra eu sinto frio, sem aspas e pulando para a primeira e todas as pessoas, respeitando o não-sentido dos ventos e chegando pela beira. a folha verde ficou vermelha, a miniflor sorriu antes da primavera.
pois o manto celestial cobre o mundo inteiro, mensageiro da serena verdade. abra os botões, reinvente músicas, vire o mapa de cabeça para baixo, escute o que dizem as plantas e saia para dar uma volta com elas por aí. a serena verdade não é mais um quesito que você deve ou precisa se enquadrar, é a sua pura essência, por debaixo de anos e anos sufocada pelo estilo concreto de nossa sociedade. mas ei, abra os botões. as ipoméias estão florindo. e não se engane, nada do que falo é verdade para você e nem a impressa está discutindo. me fundamento basicamente nas flores que brotam dentro de mim.
livia bluebird, 7:22 PM | 2 comments