do que não me disseram.
as árvores vão ao chão,
o rock legal virou marcha fúnebre de ocasião.
sem sair dos acordes, sem sair dos acordes.
ei, acorde, onde estão as muletas?
as árvores não se levantam, joelhos em desfunção
todos 'batem punheta' e isso talvez seja uma faceta da nação
ei, irmão, "relaxa e goza" - diretamente do palanque
a vida não existe umbigo além de um representante.
eu dizendo o que penso me transformo, mutação.
talvez você não saiba, mas o infinito está no segundo
e talvez não perceba, você é completamente um mundo.
eu mudei. no minuto passado eu era um minuto a menos.
a mente alcança e o corpo não anda. o filme não diz mais nada,
calada, entre as paredes orgânicas de minha loucura.
não se engane, loucura é o que ainda não foi percebido por outros.
e a verdade é apenas a loucura da maioria. essa coisa de maria.
e é o mundo inteiro numa questão de segundos.
epifanias durassem mais seriam um desastre mental.
mas esqueçam, liguem a tv.
isso é apenas mais um pensamento marginal.
romantismo não é acarinhar a pessoa amada,
é abraçar um desconhecido por empatia.
poesia não é rima nem letra contada
é a alma que de dentro pra fora.
verdade não é a resposta certa aos outros
é a voz direta de um sentimento
- e cada um tem a sua.
paradigmas não são paradigmas
e eu não sou eu no instante momento depois.
até uma pedra bruta sofre modificações
e eu a apanho na beira do mar pensando em um novo colar..
ata, desata.. a loucura não mata
o normal não faz sentido
em voz alta, beira o ridículo.
eu digo, eu não digo, eu sou, desfiz, chorou..
concretos não respiram
políticos não respiram
o lixo da cidade tem asma
a liberdade fuma baseado em fatos reais
e o resto de todo mundo morre com algum câncer social.
loucos, somos todos meio loucos
o inverso do universo é ainda parte do mesmo verso
côncavo, convexo...
paradoxo é não se dizer anormal.
-
eu desorganizando posso me organizar -
mestre zumbizeiro, o certo não é no singular.
endrede suas idéias, se indetermine e não me leve a mal:
a felecidade e toda a vida é um termo usado no plural.
o mês oito de uma vida curvilínea..
o noticiário entrando com jeito de música e o mundo oficialmente endoidecendo há tempos, numa tarde qualquer, bem debaixo do nosso nariz. narizes cochilam, acordam e não abrem os olhos. os narizes empinam-se. todo mundo doido e o mundo sem o luxo da própria loucura. a brincadeira não é de brincar: cresça, formate-se, molde-se e a crise psicológica é apenas uma moda dos anos últimos.. rá!, eis a vida. mas há tempos são os jovens que adoecem.. e tentam e tentam e tentam e param de tentar. eu não diria força pouca, eu diria um parabéns. liberdade de outdoor é prisão e é ela que conhecemos. free como um cigarro (box). free as a bird, blue bird of happiness, blackbird de guerra e de paz no fim da noite. mas me vem o dia em que a árvore cai e o céu talvez escureça antes do fim do meio-dia. e aí, já deu no jornal. o noticiário entrando com o nariz endoidecendo enquanto o mundo fuma cigarro ouvindo música oficialmente livre. e aí?, quem vai me falar da realidade numa curva perigosa? os narizes somos nós.