lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

terça-feira, agosto 9

nasce a pedra do ventre de sua mãe, pois nesta história a existência é universal.

tanto faz matéria humana, matéria pedra..

todos vieram do ventre, do centro. de si para si.

nasce a pedra matéria e pedra cósmica, pois ainda nesta mesma história, é de total relevância o que se passa no mundo metafisico da pedra. lá pras tantas, já sentia a pedra ser aquele seu milésimo do milésimo nascimento. não sei, sentiu por sentir. na pele, no osso, no orgão. no ouvido, no olho e no modo. o modo estranho como as coisas costumam acontecer se existe formas mais simples, tanto quanto silenciosas e naturais. e sentia principalmente no ser pedra. no todo.

pois quem é você? o que você faz?

olá.. eu não pretendo provar quem eu sou. nem mostrar por mostrar. e menina, acredite, por essas alturas falar já é tão pesado.. pesado do desnecessário que se faz esse campo provatório em que vivemos. então, olá.. eu sou inteiramente o que eu sou neste exato momento e por isso mesmo tenho minha inteira amizade por ti, sendo tu quem tu for. - sentia a pedra milenar.. que respondia sempre e somente:

sou a pedra, estou pedra, faço pedra.

e ficava a lacuna de tudo e de nada. pois há o silêncio imcompreendido, há o silêncio sendo visto como uma ausência da sapiência. enquanto repleto era seu silêncio, mais distante permanecia da palavra. seguia a pedra sendo apenas a pedra por ela mesma. e um dia estalou seu corpo do tamanho despertar de si. o seu imortal compromisso com o bem, o caminho iluminado de si, e a consciente forma de cessar com o ir e vir entre sofrimentos menores. menores que nós. do que nós podemos. consciência é o que a pedra encontrou e encontra na quietude mental, e na simplicidade de seu sentimento de ser pedra em sua essência.

livia bluebird, 2:41 AM | 0 comments

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