caleidoscopicamente existindo.
tanto faz matéria humana, matéria pedra..
todos vieram do ventre, do centro. de si para si.
nasce a pedra matéria e pedra cósmica, pois ainda nesta mesma história, é de total relevância o que se passa no mundo metafisico da pedra. lá pras tantas, já sentia a pedra ser aquele seu milésimo do milésimo nascimento. não sei, sentiu por sentir. na pele, no osso, no orgão. no ouvido, no olho e no modo. o modo estranho como as coisas costumam acontecer se existe formas mais simples, tanto quanto silenciosas e naturais. e sentia principalmente no ser pedra. no todo.
pois quem é você? o que você faz?
olá.. eu não pretendo provar quem eu sou. nem mostrar por mostrar. e menina, acredite, por essas alturas falar já é tão pesado.. pesado do desnecessário que se faz esse campo provatório em que vivemos. então, olá.. eu sou inteiramente o que eu sou neste exato momento e por isso mesmo tenho minha inteira amizade por ti, sendo tu quem tu for. - sentia a pedra milenar.. que respondia sempre e somente:
sou a pedra, estou pedra, faço pedra.
e ficava a lacuna de tudo e de nada. pois há o silêncio imcompreendido, há o silêncio sendo visto como uma ausência da sapiência. enquanto repleto era seu silêncio, mais distante permanecia da palavra. seguia a pedra sendo apenas a pedra por ela mesma. e um dia estalou seu corpo do tamanho despertar de si. o seu imortal compromisso com o bem, o caminho iluminado de si, e a consciente forma de cessar com o ir e vir entre sofrimentos menores. menores que nós. do que nós podemos. consciência é o que a pedra encontrou e encontra na quietude mental, e na simplicidade de seu sentimento de ser pedra em sua essência.