lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

quinta-feira, setembro 16

brilhava a primavera nos olhos dela. olhos mergulhados e molhados. vividos calados. olhos sidos, sendo, estados.
de volta ao barro, joelho no chão. de volta ao verbo. sou física e metafísica. sou matéria, sou idéia. sou a fumaça, a planta nossa por direito universal.
contemplava o céu e a terra mudou. meus contemporâneos de séculos, onde estão meus cálculos? os milênios me marcam profundamente. não pesam, mas são imensamente marcantes. vivi certas coisas antes mesmo de ter nascido, já nasci ciente da vida: pois amigos, a vida é pra valer! é pra valer demais, demais no sentigo AGORA! viva seu agora. o passado nos ensina, o futuro nos inspira e o presente nos é. isso é o suficiente. por que tentar ter o desnecessário? pra que tentar ter tempo? as pessoas estão sempre correndo atrás do tempo como se pudessem agarra-lo por concreto, e por não terem tempo, são prisioneiras do mesmo. correm atrás do próprio rabo como um cão e não percebem. entram num ciclo vicioso, mas não percebem. e esperam por um milagre, ora de deus, ora dos políticos. até quando??
não preciso correr.
não preciso querer o que não tenho.
não preciso consumir tanto. não quero relógio ou coisas que substituam o meu coração, pois conheço minha essência. a felicidade pertence ao instante presente, pois é preciso estar inteiro em si para senti-la, para sê-la pessoalmente. por isso a pressa não convém. felicidade é um estado de espírito, porque procurá-la numa vitrine de loja? ou mesmo nos outros?
o caminho está dentro de nós!
mas para onde ir? o que buscar? vá sempre em busca de si pelo universo. nos ocupemos com o essêncial, a vida vai se tornando cada vez mais leve. é como refazer uma mala, separando e retirando aquilo que já não nos é útil. é então se vendo com os olhos nus de pensamento, se contemplando, que por sua vez, as coisas ao nosso redor nos parecerão belas, divinas, inclusive e, principalmente, uma pedra no caminho.
livia bluebird, 12:10 PM | 1 comments

1 Comments:

Ahá, se não é a anna livia plurabelle? Perdoe-me, força do hábito, mas não perdoe-me, vim aqui tão somente para importuná-la! William Blake falou If the fool would persist in his folly he would become wise, e talvez isso se aplique a você, e talvez eu esteja aplicando isso a você, e talvez isso se aplique a mim! E veja que o tolo lá do Rider-Waite só pode tá olhando pro rear-view mirror do McLuhan, prestes a cair do abismo... E então? o que eu faço? Deixo ele cair ou tento transformar seu abismo em uma cama de plumas? Taoísmo ou gnóstico (quiçá catarista! (Pô, só traduzi uma bibliazinha, não precisava apelar! Logo o Dante, que nunca curtiu meu som, vai lá e faz, e vocês... nada? Bah, vão se... bem, voltando ao assunto...))

Eros ou Eschaton? Não sei, e pelo que me parece, vou ficando pelo lado do Crowley; aninha, se sua magicka é black, yellow, white, dá na mesma, dá na mesma, tudo vira purpurina ops quis dizer, tudo vira Ain Soph Aur, amor divino etéreo celeste... Phall if you but will, rise you must, and noone blablablah...
Blogger asdroeido, at 20/9/10 6:25 PM  

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