a intenção era cair em uma nuvem carregada e ficar na piscina da água que ainda ia ser chuva, mas foi em uma leve, quase nada e parei no chão, de novo aqui no chão. e nem brilhantes do céu e nem nada, tempo não houve. debaixo dos meus pés, sonhos crescem num espaço que não existe. eu sinto a pressão do vôo, ir às nuvens e eu sei, isso é sonhar. mas ele vem e eu já vou pisando, sem mesmo perceber e então eu me permaneço aqui onde caí. me levanto como das outras milhares, eu sempre me levanto. para toda erguida há uma queda, para cada sonho, o seu pedaço de asfalto. nuvem e concreto, a rotineira luta. e tem vez que as nuvens leves, quase nada. eu não sei falar bonito, nem entendo as ricas sacadas poéticas que me falam, eu só tento me calar. eu falo, eu grito e eu calo tentando me calar, do começo ao fim. e eu tenho direito ao grito, assim, bem macabéa mesmo. e os sonhos viram pó nas pegadas, eles quase sempre viram pó. pergunte a ele, então, assim bem bandini. o céu limpo e não foi eu, já que nem um brilhante e nem nada. não era muito o que eu queria, só um pedaço de escuro com pontos cintilantes, coisa que tinta não resolve. e sabe, eu começo a falar e nem sei aonde vou parar, falo isso porque já me percebo parando, ou as idéias que pararam de mim. então vou apenas caminhando errante, caminhante noturno, nessa noite de céu apagado, de estrelas ofuscadas pelo brilho de meus sonhos pisados, infinitos pontinhos brilhantes em pó. brilho muito, brilho alto por debaixo do sapato, onde sonhos que de tão sonhos que eram, são agora estrelas no asfalto.
livia bluebird, 12:54 PM
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mutante puro ^^
esse era aquele??
se for,mudou bastante..
mas ficou lindo..=))
beijo..