lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

segunda-feira, abril 10

o dia funciona enquanto eu penso em quebrar, penso em ruptura. o dia continua enquanto pensando em parar. tudo funciona, os carros, os semáforos que, rigorosamente, mudam de cor, os acidentes, as brigas, o caos desse centro e o do lado de dentro também, a ordem da desordem. as placas nas ruas, e como seríamos sem elas? você insiste no não, eu digo que seríamos. nem errantes e nem nada, mas tudo, porque seríamos nós. sim, existiria o limite. não seria lembrado por mais uma placa, ele apenas não seria esquecido, existiria o respeito mútuo. e não se pensaria sobre o certo e o errado, e sim na fidelidade ao que se sente. talvez a incostância fosse mais presente, seria até a constante nossa. não me entendam radical, mas sonhadora. na rua movimentada, pessoas com pressa, pessoas com nada. elas querem chegar a algum lugar, sem se perguntar o porquê, elas só querem chegar. e acredite, ter um lugar para onde ir significa sanidade mental. chamam isso de objetivos. e eu que não quero ir a lugar algum, crio objetivos para não enlouquecer, mas quase sempre não são levados a sério. e eu só sei ser assim. eis mais uma explicação lógica (ou será mais uma versão da mesma) para a minha desistência humana. os cachorrinhos valem mais a pena. mas voltando às placas, eu só sei entender que estou na contramão.
livia bluebird, 10:59 PM | 7 comments

7 Comments:

esse teu texo me lembrou uma frase que eu digo muito qdo aconselho alguém que está com medo de viver, ou que está na dúvida de algo: "o mundo não pára para sermos felizes, nem para decidirmos algo... ele continua. sempre. e até mesmo qdo desistirmos, ele ainda continua..."
Anonymous Anônimo, at 12/4/06 6:15 PM  
Posso te acompanhar no fluxo errado da vida?

Nunca estive me sentindo mais avessa à vida que nem agora. Parece que o mundo inteiro tá passando por mim como se eu fosse invísivel: ele passam por dentro de mim e eu não posso fazer nada pra barrá-lo.


"Por favor, parem o mundo que eu quero descer!"

Clichê, mas é só o que me vem a cabeça.



PS: Gostava mais quando eu era a única anônima por aqui.
PS²: Sim, eu sou ciumenta e possessiva.
Anonymous Anônimo, at 13/4/06 3:08 AM  
ih, nem se preocupe, de anônima aqui ainda só tem você. pode acompanhar sim. e esse clichê aí é lindo, já cantado por raul seixas e rita lee. e por falar em rita lee.. segue o próximo post.

bom feriado pra ti.
Anonymous Anônimo, at 13/4/06 6:19 PM  
AHUuhauhAUHuhAUHuhauhA
De anômima pra lívia, eu só tenho o "A".
Mas uso meu pseudônimo perfeito: Skinzinha. Pensei em um nome masculino, fica mais forte. Mas no mesmo instante vi que meu outro eu é bem mulher. E bebe muito. Ou seja, eu mesma. Rssss... Sou egoísta demais pra dividir comigo mesma o meu ser. =P Egoísta sim, ciumenta não, nem possessiva. Logo, junta a minha ausência de sentimento possessório com a sua abundância e chegamos em um ponto comum perfeito. E viveremos felizes para sempre nesse blog. Até que a Lívia nos separe. rssss
Anonymous Anônimo, at 18/4/06 2:14 PM  
sorry, apertar o enter antes de terminar de assinar é dose...
Anonymous Anônimo, at 18/4/06 2:15 PM  
Sonhos e Pernas
Vander Lee
Composição: Vander Lee

"Olhe
Não venha me mostrar o que você não vê
Não venha me provar o que você não crê
Não tente se enganar
Pense
Ninguém pode se dar o que só você tem
Ninguém vai te dizer pra onde vai ou de onde vem
A estrada é pra caminhar
Não perca o resto do tempo que ainda te resta
Não perca tempo pensando que a vida não presta
Certas canções duram pouco, outras são eternas
Por que carros e aviões, se tens sonhos e pernas
Lembre
Que sua consciência é o seu grande farol
Há meses que fazem chuva, semanas que fazem sol
E dias em que tanto faz
Faça
Você faz seu enredo, você é seu Jesus
Feche os olhos do medo e abra o templo da luz
E tente um minuto de paz"

Depois dessa música dele, eu levanto-me e aplaudo-o. E tu?

;*
Anonymous Anônimo, at 18/4/06 4:51 PM  
na verdade, foi cantado por raul como crítica a uma música de sucesso da época (70s) de sílvio britto..
Anonymous Anônimo, at 14/12/06 3:30 PM  

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