das poesias que mentalmente escrevo
naqueles instantes antes de dormir
as melhores de meu acervo
essas que certamente não li.
palavras, rimas e ritmos guardados
eternizados no esquecimento
pois no exato momento que acordo
não me recordo do meu invento.
sei que de poeta nunca hei de ser chamada
já que ninguém viu, ninguém leu
e ninguém aplaudiu nada.
mas é assim quando externo
o que outrora calado
sem compromisso com o perfeito
um feito mesmo sem jeito
sem tinta nem papel e sem hora marcada.
penso leve, solto o verbo
não quero nada que me prive
pois isso que faço, meu amigo,
é o verdadeiro verso livre.
livia bluebird, 7:45 PM
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