não amamos as pessoas, amamos entidades. não amamos aquela pessoa, amamos o que ela nos representa. e, casualmente, o que ela nos representa é justo aquilo que buscamos: o interesse. amor enquanto admiração, o culto ao intocável, inatingível, agora é questão de ego: o querer. onde se esconde toda aquela coisa espiritual que acreditamos enquanto cegos (lê-se: apaixonados)? tudo faz parte de uma coerência lógica e a carência psicológica é a nossa prisão. e como se livrar de uma prisão senão desfrutando da mesma? bom, de tudo só ficou uma coisa: nada melhor que a racionalidade pra fazer sentir-me melhor e como estou atravessando uma sensação ímpar decidi acomodar-me nesta cadeira e aproveitar cada parte única que ela tem a me oferecer. pra isso eu preciso faltar a aula e é tudo que estou fazendo nesse exato momento de uma manhã de sexta-feira. se bem que às sextas raramente é dia de ir pra aula. fico por aqui pois não pretendo mudar o foco do post. o foco.. bem, o foco você sabe..
livia bluebird, 11:41 AM
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Concordo com os Titãs quando eles dizem "Não existe o Amor, existem apenas provas de Amor". O que seria o Amor se não pura conveniência? O que seria o mundo inteiro senão exclusivamente conveniência?
É meio naturalista esse pensamento, mas acredito muito nisso, não há como discordar de sua opinião.
Mas apesar das decepções, continuo sendo (lá no fundin(l)ho da alma) uma romântica, sonhadora incurável. Uma parte de mim ainda acredita no Amor, mesmo ele sendo fruto da necessidade humana (E egoísta!) de auto-preenchimento, do interesse (no sentido pejorativo) etc.. Acredito porque ainda existem aqueles (raros) casos em que esse sentido 'material' é quase esquecido e vive-se muito bem com uma pessoa que te proporcione algum benefício a alma e não só ao corpo.
Muitos poderiam ler nossas (Minhas e suas) palavras e pensarem 'Coitadas', 'Recalcadas' etc, não tenho dúvidas quanto à isso. Mas se existe uma coisa que eu aprendi com esse pensamento racional é que são exatamente esses pensamentos que nos 'salvam' a vida em alguns momentos duros; são eles que nos fazem perceber o quanto o Amor é apenas um 'estado de torpor mental e social', um estado passível de passar (Fui redundante?). São eles que minimizam a dor quando acordarmos de algum 'sono profundo e amoroso': percebendo que podemos sobreviver a isso e que algum dia ele poderá existir novamente, tudo se torna menos dolorido e mais fácil de ser superado. Aprendi isso na pele há algum tempo.
Ou que alguém me roube o coração e prove o contrário.