lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

segunda-feira, março 13

meu romantismo ainda vai me levar ao caos do desencontro pessoal. não falo do termo banalizado e toda aquela aura piegas envolta de um romântico, falo da fidelidade ao que se sente, do amor às causas talvez perdidas - e isso me lembra alguém. falo da verdade individual que no momento encontra-se esquecida debaixo do tapete, do grande tapete que nos esconde a espontaneidade. aqueles nossos atos reprimidos já sem identidades. quem prega o respeito te falta com o mesmo, quem fala nos ideais na verdade só quer assistir o seu programa predileto. não falo de manifestos políticos e grandes engajações sociais, falo da luta pessoal, da busca por nós mesmos, pelo redescobrimeto de nossas vontades, pela voz de nossos atos. os nossos. falo da unimultiplicidade já sabiamente cantada. acreditar em algo diariamente negado por aqueles mesmos que depositei confiança e uma esperança utópica é, por baixo, muito dolorido. portanto, acreditar nas pessoas ainda vai me levar ao caos do desencontro pessoal, se não já, se não já. então eu pego minhas palavras de guerra para mostrar que minha ausência de euforia não me faz fria, meu sangue na veia tem mais vida que muitos que muito falam. minha apatia é reflexo, é tristeza. e eu só consigo achar isso tudo muito triste, isso que cominamos chamar de humanidade.
livia bluebird, 8:38 PM | 8 comments

8 Comments:

Torpor, torpor.. Já vivi muito tempo assim, com esse caos absoluto, com esse preenchimento completo de vazio, com essa falta absoluta de sentido..

Sabe qual foi minha resolução de Ano Novo de algum ano perdido por aí? Guardar essa sensação pra mim mesma e simplesmente penetrar nesse mundo gelado e triste que eles chamam de 'Vida Humana'. E pesando os prós e contras, não foi tão ruim assim; por fora, a casca é de uma humana como qualquer outra, mas por dentro, ainda guardo esse sentimento de apatia, essa necessidade de auto-conhecimento, essa busca interior e, agora, exterior. Passei a entender bem melhor as pessoas (E, conseqüentemente, a mim mesma) e viver bem mais tranqüila exteriormente. Com o tempo, até minha paz interna, que estava abalada há alguns anos, começou a voltar..
Direcionei minha apatia, meu torpor absoluto diante das coisas que não entendia (E até hoje, boa parte não entendo) nesse mundo para a transmissão do meu pouco conhecimento sobre as questões inerentes ao it e à espiritualidade. Acho que só assim me realizo plenamente.
Anonymous Anônimo, at 17/3/06 11:21 PM  
Eu diria que vc achou o motivo da minha tranquilidade aparente, da falta de vontade de mandar a personificação da minha decepção pra merda... Eis o porquê da apatia diante de uma briga, da solidez de expressões, do "não mover uma ruga" na hora eufórica... Era tristeza. Mas no fundo, no fundo tbm era a certeza de que eu também posso ter causado o mesmo efeito nele e ele preferiu o grito ao silêncio. Preferi o mudo sim. Não por covardia, mas por desitência. Pra que gritar pelo que está morto? Ou ao menos convalescente? Não, não... Meu som é para os que merecem.
Anonymous Anônimo, at 6/4/06 12:38 PM  
desistência. é exatamente essa a palavra. já havia usado uma vez para entitular um tópico que falava justamente isso: "Pra que gritar pelo que está morto? Ou ao menos convalescente?"
Anonymous Anônimo, at 6/4/06 2:05 PM  
nossa, um encaixe de idéias.
mais um, entre tantos, e ao menos um, dentre outros tantos desencontros tbm, né?
e apesar de sermos essa profusão de idéias, concordamos que embora o sangue corra latente nas veias, há a hora de calar-se e a hora de debater-se. aquela hora, a da dita briga que tu bem sabes, era hora de ficar amiúde, pequena, quase que invisível, sem incomodar. Porque não há nada mais difícil que entrar em sintonia com quem não quer.
Anonymous Anônimo, at 7/4/06 2:58 PM  
e amiúde me lembra uma música nossa!
cheiro
Anonymous Anônimo, at 7/4/06 3:14 PM  
Verdade.
"amiúdiiiiii..."
E eu que sempre entendi como: "fotografias recortadas em jornais de folhas 'a me iludir...'".
E nem era. Se bem que se fosse, teria talvez a mesma força ou quase. Iludir-se com fotografias é fato que fazemos dia-a-dia. Tudo e todos representam algo. Mesmo que o algo seja nada.

=P
Anonymous Anônimo, at 7/4/06 5:34 PM  
claramente eu ja buscava a minha verdade..
Blogger livia bluebird, at 29/12/08 1:33 PM  
e me angustiava ao mesmo tempo quando olhava para o mundo inteiro e percebia que não era a intenção dos outros, o que era uma pena.

eu nao sabia para onde olhar
Blogger livia bluebird, at 29/12/08 1:34 PM  

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