lugar-comum.

caleidoscopicamente existindo.

(é proibido proibir.)

terça-feira, janeiro 10

sentada na calçada fedida, me encontrei na poça suja que a chuva havia colocado na minha frente. meu rosto deformado pela dança da água que ameaçava ir embora pelo cantinho da rua. que fosse! pois que fosse! e que me levasse também, que por essas alturas não sabia mais qual era real, não sabia mais qual dos dois rostos era reflexo, porque ali, bem ali no chão molhado, no chão sujo e asqueroso, me pareceu o exato lugar onde eu me esconderia a essa hora da madrugada, a roupa mais molhada que a chuva e fora de casa por algum motivo que meu quarto hoje não sanaria. o bairro onde as coisas costumam acontecer, o bairro mais sujo dessa madrugada, a poça mais desviada pelas pessoas de todas hoje era a minha casa. sou desesperadamente exagerada para não gritar, e você que venha aqui jogar uma pedra em mim e ter sete anos de azar.
livia bluebird, 3:07 PM | 2 comments

2 Comments:

eu particularmente acho que a deborah evelyn atua muito bem
Anonymous Anônimo, at 15/1/06 5:43 PM  
acho que é tudo uma questão de estar à venda. você está?
Anonymous Anônimo, at 18/3/06 2:16 PM  

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